25 de jul. de 2016

A Barra nunca esteve tão longe da Tijuca: os problemas das linhas 301, 302 e 345

Linha 302, na Rua Doutor Satamini: os muitos problemas da conexão entre a Tijuca e a Barra via ônibus.

Da Barra para a Tijuca, da Tijuca para a Barra: deslocar-se entre esses dois lugares em transporte público nunca foi tão caótico. Famosa “extensão” da Tijuca até os anos 1980, a Barra hoje vive a sua epopeia no campo da mobilidade urbana com a chegada do metrô ao Jardim Oceânico e a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) na Avenida das Américas. Mas, parece que quanto mais próxima a Barra vai ficando da Zona Sul e do Centro, mais distante ela fica da Tijuca. E não se trata de uma mudança geográfica (pois isto seria impossível): é o sucateamento das linhas de ônibus que ligam a Tijuca à Barra o motivo de tal percepção.

Atualmente, existem três itinerários que fazem esse trajeto: 301 (Rodoviária x Barra da Tijuca, via Américas), 302 (Rodoviária x Barra da Tijuca, via Praia) e 345 (Candelária x Barra da Tijuca). Todas essas linhas circulam pelo eixo viário da Tijuca rumo à Barra, passando pelo Alto da Boa Vista. Mas, desde 2011, a queda na qualidade do serviço tem sido notória e gradativa. Os frescões foram substituídos por veículos não refrigerados e, em muitas das vezes, parecidos a carroças. Muitos usuários afirmam que o motor não é potente o bastante para subir o Alto, causando transtornos à fluidez do tráfego na Avenida Edson Passos:

— Eu pego as linhas 301 e 345 diariamente e posso afirmar que é uma vergonha o que fazem com os passageiros. Todos os dias vejo ônibus enguiçados devido às péssimas manutenções nos ônibus que já deveriam ter virado sucatas. Sobem o Alto da Boa Vista mais lentos que uma bicicleta, e descem a toda para recuperar o tempo perdido. Já estive em dois ônibus que perderam o freio, mas a sorte é que um deles perdeu logo depois da descida e bateu devagar no ônibus da frente, quebrando todo o vidro mesmo assim – relatou Julio Cesar Camarate, morador da Praça Afonso Pena.

As péssimas condições de viagem também se confirmam no depoimento da gaúcha Fernanda Teodoro. Radicada na Usina, Fernanda é jornalista e vai diariamente ao Barra Shopping, onde trabalha, sempre por volta das 8 horas da manhã. Para ela, o agravante tem sido a diminuição da frequência dessas linhas no horário de rush, cujo intervalo pode chegar a quase meia hora de espera no ponto de ônibus. Dessa maneira, os veículos partem lotados da Tijuca em viagem não muito confortável dada a sinuosidade da estrada e as más condições de higiene no interior dos carros. Além disso, Fernanda destaca a má conduta dos motoristas como aspecto ainda mais desfavorável:

— Um dia o motorista bateu em outro ônibus ao dar marcha a ré no Terminal Alvorada, quebrando umas três janelas de vidro. O que você acha que o motorista fez? Seguiu viagem com os cacos de vidro em toda parte traseira! Por que não trocou já que ainda estava na Alvorada?


Nos anos 1990, a Auto Viação Tijuca chegou a oferecer linhas de ônibus especiais entre
a Saenz Peña e o Barra Shopping. Fonte: Cia de Ônibus.

Até 2011, também era possível viajar até a Barra (e vice-versa) nestes veículos refrigerados.
As mudanças datam do período de transição regulatória do serviço de ônibus no Rio,
com a criação dos consórcios.

O tijucano Alejandro Sainz de Vicuña, por sua vez, ressalta o não cumprimento dos itinerários sem aviso institucional prévio aos passageiros. Vicuña trabalha na região da Barrinha, trajeto considerado “fora de mão” pelos motoristas já que fica em sentido contrário à alça de acesso da Avenida das Américas:

— A linha 302, agora, é a única que entra na Barrinha. Para piorar, de noite, na Barrinha vazia, muitos motoristas seguem direto para o Itanhangá, deixando quem está no ponto de ônibus da Barrinha esperando feito trouxa. De dia isso acontece também. Arrisco a dizer que ocorre em mais de 50% das vezes. Em muitas delas, estou indo para o trabalho e o motorista grita aos passageiros: “Alguém vai para a Barrinha?”. Se ninguém disser que vai, ele não entra e deixa todo mundo que está lá no ponto esperando ainda mais.

Vicuña ainda problematiza ao lembrar dos turistas que vêm à Tijuca de metrô como meio de se chegar à Floresta da Tijuca, no Alto da Boa Vista, em transporte público:

— Tomo o ônibus na Conde de Bonfim, na altura da Rua Henry Ford. A sinalização do ponto é antiga, deve ter mais de uma década, pois a numeração dos ônibus já mudou duas vezes e a mesma sinalização continua lá, confundindo quem não está acostumado a tomar ônibus ali e turistas. Sim, muitos turistas que vão visitar a Floresta da Tijuca, no Alto da Boa Vista, não conseguem sequer saber onde tomar o ônibus. E, volta e meia, os motoristas, como de costume, passam direto quando fazemos sinal – pontuou.


Linha Afonso Pena x Barra, criada em 2013, foi extinta sem maiores explicações ao público

Outro motivo aparente para a queda na qualidade do serviço se deve ao monopólio da Auto Viação Tijuca. A falta de linhas concorrentes justifica a precarização do serviço oferecido pela “Tijuquinha”, que já procurou qualificar-se recentemente. Com fins de atender a população do Alto da Boa Vista, a Secretaria Municipal de Transportes lançou em 2013 a Linha Especial Coletora de Dados (LECD6) Praça Afonso Pena x Barra. A empreitada surgiu como uma forma de se experimentar a eficiência de um novo itinerário, mais otimizado, entre a Tijuca e a Barra. Contudo, a LECD6 foi extinta no início de 2015 sem maiores explicações à comunidade.

Com a inauguração do BRT e da Linha Quatro do metrô, é provável que os tijucanos passem a ouvir campanhas institucionais orientando-nos a usar o metrô até Ipanema e, de lá, até o Jardim Oceânico. Para o tijucano Fred Rocha, morador da Afonso Pena, a solução é inviável:

— Vão dizer “ah, agora tem o metrô”. Não, infelizmente o metrô não vai atender o trajeto Tijuca-Barra. A Linha Quatro vai ser apenas para estabelecer a relação da Barra com a Zona Sul – opina ele, quem considera “surreal” o trajeto da Tijuca à Barra via metrô.

* O passeador tijucano agradece a contribuição de Gabriel Reis, Jailson Pontes, Julio Cesar Camarte, Vanessa JM, Alejandro Sainz de Vicuña, Fred Rocha, Diego Carrara Bacellar e Diogo Belart.

23 de jul. de 2016

A nova Praça Varnhagen: impressões e expectativas

A nova Praça Varnhagen: finalização das obras contra as enchentes devolve o "Baixo Tijuca" aos tijucanos.

A longa espera chegou ao fim há pouco mais de um mês. Símbolo da boemia tijucana, a Praça Varnhagen foi reinaugurada no último 12 de junho, encerrando dessa maneira o grande conjunto de obras contra as enchentes na região. Com orçamento inicial de 188 milhões de reais financiados pela Prefeitura do Rio e o Ministério das Cidades, foram construídos três grandes reservatórios subterrâneos para escoar a água das chuvas. De espaços de lazer a canteiros de obras, as praças da Bandeira, Niterói e Varnhagen viveram pelo menos três anos de sufoco em meio a retroescavadeiras, guindastes e muitos tapumes.

Com isso, a devolução da Praça Varnhagen à comunidade da Tijuca representa não apenas a finalização de todo esse conjunto de obras, mas também a retomada do “Baixo Tijuca” na vida noturna do bairro. Nos últimos anos, percebeu-se a chegada de novos bares e restaurantes ao entorno, principalmente na Rua Almirante João Cândido Brasil, indicando que o polo ainda tem grande força notívaga na Zona Norte. Com a recuperação do espaço anteriormente fechado à população, é possível que os frequentadores locais reencontrem na praça uma alternativa de socialização noturna caso a Secretaria Municipal de Ordem Pública não coíba a venda de bebidas por ambulantes ali.

O desenho da ciclovia, que liga a Barão de Mesquita à Vila: estação do Bike Rio ficou na Avenida Maracanã.

O playground: brinquedos modernos e piso especial anti-queda atrai a molecada do bairro.

Por outro lado, quem achava que a Varnhagen voltaria à sua velha forma, enganou-se. Como tem sido de praxe na gestão do prefeito Eduardo Paes, as praças reinauguradas na Tijuca são idênticas umas às outras do ponto de vista paisagístico. O polêmico piso de pedras portuguesas, por exemplo, símbolo urbanístico da região, foi substituído de vez pelas placas de cimento. O curioso nisto tudo é que embora tenha havido grande empenho de verba pública em obras para controlar as furiosas enchentes que castigavam o bairro, a concepção da praça em si, no fim de contas, parece ter ido na contramão desse plano de controle. Afinal, quanto mais acimentado for o piso, menor será a capacidade de impermeabilização do solo.

Gaiola junto ao centro de controle: Varnhagen era o antigo reduto dos passarinhos, até os anos 1990.

Além disso, a fraca arborização da nova Praça Varnhagen promete ser um problema térmico nos meses mais quentes. O crescimento das palmeiras instaladas às margens da Avenida Maracanã seguramente demorará algumas décadas para alcançar o porte das árvores frondosas. Mesmo depois de crescidas, é preciso reconhecer que as palmeiras são uma espécie arbórea com fins mais ornamentais do que socioambientais. No Rio, essas versões esquálidas e pequeninas das palmeiras não são exclusividade das novas praças da Tijuca: sua adoção se estende até mesmo à badalada Praça Mauá, na Zona Portuária, e na recém-inaugurada Praça Antero de Quental, no Leblon.

Bancos de cimento: novo mobiliário.
Contudo, é durante o dia quando a Praça Varnhagen mais se enche de vida. Antigo reduto da feira de passarinhos (hoje situada junto à estação São Francisco Xavier do metrô), pode-se dizer que atualmente a Varnhagen seja o reduto “da família”. O moderno playground tem atraído crianças de toda a vizinhança, inclusive daquelas mais pequenininhas, que passeiam sonolentas nos carrinhos. Cachorros e outros animais de estimação também são figurinhas fáceis por lá. A poucos metros da criançada - e da cachorrada em coleira - fica a academia da terceira idade. Os novos aparelhos de ginástica chamam a atenção dos idosos, que ali se dedicam ao exercício físico com entusiasmo.

A temperatura amena deste inverno também tem propiciado agradáveis banhos de sol àqueles que se põem a descansar nos bancos da Praça Varnhagen. Feitos de blocos de cimento, os bancos têm cara e forma de mobiliário urbano barato, embora sejam bonitos pela simplicidade. Outras duas atrações da praça são o reservatório subterrâneo e a pista de patinação. No primeiro, pedestres curiosos observam frequentemente a profundidade do tanque pelas frestas do piso em forma de gradil utilizado naquele trecho da praça. No segundo, o antigo espaço do chafariz atrai patinadores sobretudo iniciantes, além de alguns skatistas. O que ficou de fora, entretanto, foi o posto de retirada de bicicletas do Bike Rio, colocado no canteiro central da Avenida Maracanã em agosto de 2014.

Mas, não faz mal: reinicio de praça é sempre assim mesmo, um período de ajustes e reajustes. Os tijucanos e visitantes saberão muito bem como se apropriar desse espaço e desfrutá-lo como merece. Bem-vinda de volta, Varnhagen!

19 de jul. de 2016

Tijuca: um bairro em busca de representação


No imaginário coletivo do Rio de Janeiro, a Tijuca é reconhecidamente um bairro cheio de ambiguidades. Encravado entre o Subúrbio e a Zona Sul, não há um consenso sobre “o que é” a Tijuca em termos gerais. Devido a essa localização intermediária mal definida, muitos a chamam de “Zona Sul da Zona Norte”, enquanto outros de “subúrbio metido à besta”. Nos anos 1970, Aldir Blanc confirmava um pouco dessa ambivalência ao afirmar que o tijucano passava momentos difíceis num bairro impreciso. Considerado semi-ipanemense pelos suburbanos, e tido como meio suburbano pelos ipanemenses, concluía: “A Tijuca é exatamente isso – meio-não-sei-como”.

Instigado por esse “meio-não-sei-como”, O PASSEADOR TIJUCANO perguntou a 189 moradores e/ou ex-moradores do Rio a respeito de que forma a Tijuca poderia ser mais bem representada na opinião deles. O objetivo foi o de tentar identificar de modo um pouco mais claro que percepções a cidade faz a respeito do nosso bairro.

A repercussão foi previsível, mas não menos surpreendente. Para uma melhor apreciação dos resultados, agrupamos as 189 respostas livres em categorias temáticas como uma maneira de se associar as ideias apresentadas cujo conteúdo fosse similar. Do total dos respondentes, mais da metade (58,2%) eram da Grande Tijuca, seguido por 13,2% da Zona Sul, 9% (Zona Norte), 4,8% (Barra e adjacências), 3,2% (área central do Rio), 2,6% (Zona Oeste), 2,6% (Niterói) e, por fim, 6,3% afirmaram ser de outros lugares.

As categorias temáticas percebidas no questionário: a maioria aponta a Tijuca como um bairro prático,

Imbativelmente, a Tijuca foi representada pela maioria dos respondentes como um bairro prático, cômodo e central. Em segundo lugar, vieram as ideias de ser um lugar familiar, de cotidiano doméstico, voltado para o lar. Nas posições subsequentes, atribuiu-se ao imaginário tijucano a imagem da Praça Saenz Peña junto aos conceitos de ser uma comunidade supostamente tradicional/conservadora e bairrista.

COMO OS OUTROS VEEM A TIJUCA 

Por outro lado, quando analisados os dados com base no local de moradia dos respondentes, é interessantíssimo observar os posicionamentos. Para os moradores da Barra da Tijuca e adjacências, a Tijuca foi representada pejorativamente pela maioria. Ideias como “sujeira”, “assalto”, “ruas alagadas” e “periferia” foram apontadas nesse grupo. “Muitos mendigos, prédios pichados e vendedores ambulantes nas calçadas”, apontou um dos respondentes da Barra da Tijuca. “É tão subúrbio quanto o Méier”, disse outro.

Para os moradores da Zona Sul, a Tijuca foi apontada majoritariamente como um lugar tradicional e conservador, mas com dinâmica própria. “Poderia ser um município autônomo”, opinou um dos entrevistados. Outros assinalaram o espírito bairrista atribuído ao arquétipo do tijucano como metáfora do próprio jeito de ser carioca. Da mesma maneira, chamou a atenção menções à ideia de ser um bairro com tiroteio e assaltos, mas com preços mais acessíveis que os da Zona Sul, transmitindo um pensamento de que a Tijuca se equipara àquela região em termos de qualidade de vida.

Já na perspectiva dos moradores de outras localidades da Zona Norte, o estigma da Tijuca como local que se crê emancipado do restante da Zona Norte apareceu com certa preponderância:

— Que ninguém me ouça! Pois o tijucano não se vê como um morador da ZN carioca; isso é reforçado pelos cadernos de imóveis, onde encontramos a ZS, ZN, ZO, Baixada e Tijuca – confidenciou um entrevistado.

Para os moradores do Centro, a Tijuca é associada à uma ideia de bairro na acepção da palavra, que mantém tradições familiares e laços afetivos:

— A primeira palavra que me vem à cabeça ao pensar na Tijuca é “bairro”, pois, das localidades com as quais tenho familiaridade no Rio de Janeiro (conhecimento este restrito à bolha que engloba área central e zona sul), esta é a única que me inspira algo como uma “identidade de bairro”. A Tijuca me parece um lugar que, para seus moradores, não é apenas um nome para determinado aglomerado de vias, mas sim uma região na qual as pessoas que ali vivem, via de regra, sentem-se afetivamente enraizadas – opinou um respondente.


COMO A REGIÃO DA TIJUCA VÊ A SI PRÓPRIA

Metrô: para os tijucanos, qualidade de vida e comodidade são termos representantes da Tijuca

Para os tijucanos e moradores das vizinhanças, a Tijuca é representada num ponto de vista levemente bipolar. Enquanto muitos celebram o bairro como um lugar família, cheio de atrativos e, portanto, digno de orgulho, outros apontam a questão da degradação social como parte indissociável da paisagem tijucana:

“Eu amo a Tijuca porque é um bairro que tem tudo que eu preciso perto e os tijucanos são ótimos vizinhos”.

“Tijuca é uma tribo. Todo mundo de alguma forma se conhece, já se viu, etc. fora que somos os famigerados tijucanos”.

“Tenho orgulho de morar na Tijuca desde pequena. Apesar da violência atual, é um bairro muito bom de morar. Tem tudo perto e é um bairro central para irmos para qualquer região da cidade”.

“Bairro bonito arborizado com praças incríveis onde se encontram velhos, jovens e crianças, farta gastronomia e comércio, opções de transporte. Falar do bairro sempre vai remeter as emoções”.

“Além da Centralidade, a Tijuca tem a característica de possuir uma cultura um tanto ‘provinciana’ (tijucano) sem perder as interfaces com a ‘metrópole’. Ou seja, consegue oferecer no mesmo espaço geográfico os dois ambientes mais valorizados pela sociedade moderna”.

“Pivetes aloprando na rua”.

“Mendigos, pivetes, pivetes de bicicleta, abandono, impunidade, ambulantes em excesso, falta de iluminação, farmácias, e irresponsabilidade sobre o trajeto do metrô”.

“Acho que o bairro tem uma aura muito presente de laços afetivos. Quem cresceu e fez amigos na Tijuca geralmente não se vê morando em outro lugar”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


O que pode ser percebido a respeito dos resultados foi que, com exceção da figura da Praça Saenz Peña, as ideias que remetem à Tijuca são mais abstratas que concretas. Esse panorama confirma preliminarmente a hipótese de que não existe uma paisagem idealizada da Tijuca, como o senso comum diz existir na Zona Sul ou no Subúrbio. Mesmo tendo a Praça Saenz Peña como “local” citado pelos respondentes (ver Gráfico), deve-se argumentar que tal referência tem mais a ver com o posto de centralidade que a praça ocupa tanto no bairro como na região.

De todo modo, é perceptível ver como a Tijuca é representada pelos respondentes como um lugar “familiar” e pacato, com vida própria de bairro numa espécie de minicentro doméstico. Contudo, evidenciam-se também as contraposições: lugar pacato versus violento, bucolismo versus degradação, entre outros dissensos. Em outras palavras, a Tijuca é de fato algo "meio-não-sei-como", sempre em debate.

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