8 de mar. de 2014

Tributo tijucano ao Almirante Cochrane

Monumento ao Lord Cochrane situado no Largo Atumã, entre as ruas Santo Afonso e Almirante Cochrane

Centenas de veículos passam diariamente pelo Largo Atumã, uma bifurcação na Rua Almirante Cochrane que direciona o motorista tanto para a Praça Saens Peña como para a Rua Santo Afonso, rua contígua ao largo. Como bom passeador - e, sobretudo, pedestre -, eu diria que esse é um dos trechos mais caóticos da Tijuca hoje em dia. O espaço é pouco humanizado (não há árvores nem sombras, tampouco faixas de travessia), sem mencionar a desordem urbana em torno das kombis que fazem uso do Largo Atumã como embarque e desembarque de passageiros.

Por outro lado, poucos sabem que é nesse, hoje, desvalorizado Largo Atumã onde se encontra um dos muitos bustos e monumentos pouco célebres da Tijuca: o tributo ao Sir. Thomas Alexander Cochrane, o Almirante Cochrane, militar inglês que prestou muitos serviços à Marinha Imperial brasileira. Também conhecido como o Conde de Dundonald e Marquês do Maranhão, o lorde contribuiu expressivamente com o movimento de independência no norte do país.

O monumento foi feito através de uma base retangular de pedra cujo centro abriga uma placa de bronze circular, muito similar a uma moeda, com o desenho do almirante e os dizeres "Lord Cochrane". Logo abaixo da "moeda", outra placa informativa acerca da figura ilustre, que, como foi citado anteriormente, também dá nome à rua onde se situa o Largo Atumã.

Uma curiosidade é que esse tributo foi inaugurado em julho de 1970 pelo então governador Negrão de Lima durante a "Semana da Tijuca", um evento promovido por diversas associações tijucanas, como a ACIT e os clubes, objetivando o enaltecimento do bairro da Tijuca através de descontos nas lojas da região, concertos e concursos musicais no Tijuca Tênis Clube, desfiles de moda na tradicional Socila Tijuca (que ainda existe ali na Rua Padre Elias Gorayeb) e encontro de autoridades da época com tijucanos. Num desses encontros, um grupo de mães protestava contra o fato de que a Escola Municipal Laudímia Trota, na Rua Antônio Basílio, seria transformada em uma espécie de "centro experimental", o que possivelmente confrontaria o método tradicional de ensino ao qual seus filhos estavam acostumados.

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