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O designer Felipe Madeira, graduando em Desenho Industrial (UFRJ), é o autor da obra que ressalta, em forma de arte, a devoção dos tijucanos pelo seu bairro |
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Um dos exemplares do I ♥ TJK, na Barão de Mesquita |
Sobre a arte, em primeiro lugar, cabe destacar que TJK é a abreviatura "internética" para Tijuca, muito difundida nos bate-papos de mensagens instantâneas durante os anos 2000. Daí a adaptação do NY para TJK, correlação igualmente pop ao NY e
tributo de Felipe, nascido no Hospital da Ordem Terceira e ex-aluno do Colégio
Pedro II, ao bairro onde reside:
— Quis fazer uma brincadeira com a "marra"
tijucana, mas acabei percebendo que me apropriei de um ícone tão forte, que
trazia consigo um contexto tão poderoso, que acabou caindo como uma luva para o
espírito tijucano. Acredito que seja de fácil identificação e compreensão para
os demais bairros, afinal, quem não conhece o "I ♥ NY"? – aponta ele.
Felipe explica que seus pôsteres, conhecidos em inglês como wheat-paste posters, são pregados com uma cola especial à base de farinha com água e soda cáustica (prática, segundo ele, mas nociva à saúde se não tomar os devidos cuidados) e que, embora não tenha uma parceria direta na produção dos seus lambes, não dispensa a companhia de amigos na hora de sair pelas ruas:
— Não saio para colar sem amigos, são eles quem me dão ânimo de sair à rua depois de um dia de estudo e trabalho. Geralmente, meus lambes são vistos perto dos da Elisa Pessoa, também tijucana, estudante de design gráfico, que tem um trabalho muito interessante fazendo praticamente um mosaico de estampas feitas por ela. É tudo artesanal, bem manual.
Embora o I ♥ TJK seja uma de suas obras mais especiais, Felipe argumenta que não pretende se limitar à Tijuca como área de colagem, pois "se sentiria enjoado em ver a Tijuca infestada de I ♥ TJK's", atestando que produzir materiais novos é uma de suas necessidades pessoais enquanto artista. Além disso, alega que sua obra, além de prática e barata, dialoga diretamente com outras técnicas artísticas que, vez ou outra, se sobrepõem ao seu trabalho, como os adesivos (stickers).
Numa das imagens enviadas a O passeador tijucano, Felipe exemplifica esta interação entre o lambe e o sticker: ao invés do simbólico coração vermelho, surgiu o adesivo de um coração literal, ou seja, em sua versão biológica. Segundo o próprio, a arte de rua está a exposta a um tipo de efemeridade que proporciona tais interações e ressignificações constantes que, se por um lado, pode ser interpretado como vandalismo, por outro, é uma resposta positiva ao trabalho apresentado, capaz de mobilizar um diálogo direto com seus interlocutores.
Felipe, além de artista propagador do espírito tijucano pelas ruas do bairro, é graduando em Desenho Industrial com foco em Projeto de Produto na UFRJ e também estagia numa empresa focada em visual merchandising em Laranjeiras. Para quem quiser conhecer mais do seu trabalho, ele o expõe neste site (https://www.behance.net/felipemadeira) e no seu Instagram (https://instagram.com/felipe__madeira/).
Saudações tijucanas, Felipe!
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A versão original, marca registrada de Milton Glaser: inspiração mundial. |
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Felipe na ativa em região próxima ao Hospital Oscar Clark, no Maracanã, junto ao mosaico de Elisa Pessoa, sua parceira "de rua" |
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Reprodução: Instagram. |
— Não saio para colar sem amigos, são eles quem me dão ânimo de sair à rua depois de um dia de estudo e trabalho. Geralmente, meus lambes são vistos perto dos da Elisa Pessoa, também tijucana, estudante de design gráfico, que tem um trabalho muito interessante fazendo praticamente um mosaico de estampas feitas por ela. É tudo artesanal, bem manual.
Embora o I ♥ TJK seja uma de suas obras mais especiais, Felipe argumenta que não pretende se limitar à Tijuca como área de colagem, pois "se sentiria enjoado em ver a Tijuca infestada de I ♥ TJK's", atestando que produzir materiais novos é uma de suas necessidades pessoais enquanto artista. Além disso, alega que sua obra, além de prática e barata, dialoga diretamente com outras técnicas artísticas que, vez ou outra, se sobrepõem ao seu trabalho, como os adesivos (stickers).
Numa das imagens enviadas a O passeador tijucano, Felipe exemplifica esta interação entre o lambe e o sticker: ao invés do simbólico coração vermelho, surgiu o adesivo de um coração literal, ou seja, em sua versão biológica. Segundo o próprio, a arte de rua está a exposta a um tipo de efemeridade que proporciona tais interações e ressignificações constantes que, se por um lado, pode ser interpretado como vandalismo, por outro, é uma resposta positiva ao trabalho apresentado, capaz de mobilizar um diálogo direto com seus interlocutores.
Felipe, além de artista propagador do espírito tijucano pelas ruas do bairro, é graduando em Desenho Industrial com foco em Projeto de Produto na UFRJ e também estagia numa empresa focada em visual merchandising em Laranjeiras. Para quem quiser conhecer mais do seu trabalho, ele o expõe neste site (https://www.behance.net/felipemadeira) e no seu Instagram (https://instagram.com/felipe__madeira/).
Saudações tijucanas, Felipe!
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